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Depressão


A Depressão é uma doença para a qual existe tratamento, este pode passar pela psicoterapia, medicação anti-depressiva ou ambos. Este dossier apresenta toda a informação relacionada com a Depressão.


O que é a depressão?
Tratamento da Depressão
De que forma me posso ajudar?
Como posso ajudar alguém com depressão?

Tratamento da Depressão


A Depressão é uma doença para a qual existe tratamento, este pode passar pela psicoterapia, medicação anti-depressiva ou ambos.

Psicoterapia

Actualmente estão disponíveis diferentes tipos de psicoterapia, que se adaptam à gravidade da depressão. Entre as técnicas mais usadas encontram-se:

 

  • Counselling
    Esta técnica baseia-se na crença de que falar dos seus sentimentos pode ser útil por mais deprimido que esteja. Por vezes é difícil exprimir os verdadeiros sentimentos mesmo com amigos próximos. Falar das coisas com um terapeuta especializado pode ser mais fácil, assim o alívio experienciado ao desabafar pode ajudar a clarificar como se sente. 

 

  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
    A TCC ajuda-o a:
    1. Identificar formas de pensamento que são irrealistas ou distorcidas
    2. Desenvolver novas formas, mais úteis, de pensar e de se comportar.
    Veja o nosso folheto da TCC para saber mais. 

 

  • Terapia de resolução de problemas
    Esta ajuda-o a clarificar quais os seus problemas chave, como decompô-los em pedaços manejáveis e como desenvolver competências de resolução de problemas. 

 

  • Terapia de casal
    Se a depressão parece relacionar-se com a sua relação com o seu parceiro, então a terapia de casal pode ser útil para perceber os seus sentimentos.

 

  • Grupos de apoio
    Se a depressão decorre de uma incapacidade ou do processo de cuidar de um familiar, poderá ser útil partilhar a sua experiência com outros, por exemplo um grupo de auto-ajuda, pode dar-lhe o apoio de que precisa. 

 

  • Psicoterapia interpessoal e psicodinâmica
    Esta técnica pode ser mais adequada se tem dificuldades estáveis e duradouras com a sua vida ou relações. Esta tende a ser um tratamento a longo prazo e ajuda-o a ver como experiências passadas podem estar a afectar a sua vida no presente. 

 

  • Terapia de grupo
    Falar em grupos pode ser útil, na medida em que o pode ajudar a mudar a forma como se comporta com outras pessoas. Nestes grupos tem oportunidade de, num ambiente seguro e de apoio, ouvir como as outras pessoas o vêm e ter a oportunidade de tentar diferentes formas de se comportar ou falar.

 

A psicoterapia é um processo que pode ser longo, para obter resultados consistentes.
As sessões normalmente duram cerca de uma hora, e podem ter uma periodicidade semanal, quinzenal ou de 3 em 3 semanas.

Possíveis problemas com a psicoterapia

Estes tratamentos com recurso à psicoterapia são normalmente muito seguros mas podem ter efeitos indesejados. Falar sobre as coisas pode trazer más memórias e isto pode fazê-lo sentir-se pior durante algum tempo. Há pessoas que relatam que a terapia pode mudar a perspectiva e a forma de se relacionar com amigos e família. Se o início de um processo de psicoterapia o está a deixar preocupado, fale com o seu médico ou terapeuta.
Actualmente, a psicoterapia no sistema nacional de saúde, ainda, não se encontra disponível para todos os que precisam dela, no entanto, estas técnicas encontram-se facilmente disponíveis em serviços privados de saúde ou organizações não governamentais.


Medicação

Se a depressão é grave ou se prolonga há no muito tempo, o médico pode sugerir que comece a tomar anti-depressivos. Estes não são tranquilizantes, embora o possam ajudar a sentir-se menos ansioso e agitado. Os anti-depressivos podem ajudar a que se sinta melhor e a que consiga lidar mais eficazmente com a situação, para que possa começar a apreciar a vida e a lidar com os problemas outra vez.
Após o início da toma dos anti-depressivos são necessárias 2 a 3 semanas até que se comecem a sentir efeitos no humor. No entanto, após alguns dias de toma pode perceber que começa a dormir melhor e a sentir-se menos ansioso.

Como funcionam os anti-depressivos?

O cérebro é composto por milhares de células que transmitem mensagens entre si usando pequenas quantidades de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. Mais de 100 químicos diferentes estão activos em diferentes áreas do cérebro. Pensa-se que na depressão 2 destes neurotransmisores estão particularmente afectados – a seretonina, as vezes referida como 5HT, e a noradrenalina.
Os anti-depressivos aumentam as concentrações destes dois químicos nas terminações nervosas e assim parecem impulsionar o funcionamento daquelas partes do cérebro que usam a seretonina e a noradrenalina.

Problemas com os anti-depressivos

 As depressões ligeiras podem ser tratadas sem ser necessário recorrer aos anti-depressivos. No entanto, se a depressão já se prolonga há muito no tempo ou sente que já não consegue lidar com ela, poderá ser necessário complementar as sessões de psicoterapia com a toma de um anti-depressivo.
Quando o humor melhora com a toma dos anti-depressivos, pode ser útil ter algum tipo de psicoterapia. A psicoterapia pode ajudá-lo a trabalhar aspectos da sua vida que podem fazer com que fique deprimido novamente.
Assim, pode não ser o caso de escolher um tratamento ou outro, mas qual é o mais útil para si em determinada altura. A psicoterapia e os anti-depressivos são igualmente eficazes a ajudar as pessoas a melhorarem de uma depressão.
Algumas pessoas não gostam da ideia da medicação, algumas não gostam da ideia de fazer sessões de psicoterapia, assim, há obviamente um certo grau de escolha pessoal. Esta escolha pode, contudo, ser limitada pelo facto de não se encontrarem disponíveis no Serviço Nacional de Saúde sessões de psicoterapia.

Além da psicoterapia e da medicação há outros métodos e técnicas que podem ser usados para ajudar a reduzir os sintomas de depressão:

Como todos os medicamentos, os anti-depressivos têm efeitos secundários, embora sejam normalmente ligeiros e tendam a desaparecer após 2 semanas. Os anti-depressivos mais recentes (chamados de SSRI) podem fazê-lo sentir um pouco enjoado no início e, ainda, faze-lo sentir-se mais ansioso por um curto período de tempo.
Os anti-depressivos mais antigos podem causar secura na boca e prisão de ventre. O seu médico ou farmacêutico podem informá-lo sobre o que esperar.

Se um anti-depressivo o faz ficar sonolento, deve tomá-lo à noite, para que o ajude a dormir. Contudo, se sentir sonolência durante o dia, não deve conduzir ou trabalhar com máquinas até os efeitos passarem. O álcool juntamente com os anti-depressivos podem torná-lo ainda mais sonolento, por isso deve evitar beber enquanto se encontra a tomar esta medicação.

O seu médico de família ou psiquiatra serão as pessoas indicadas para prescrever esta medicação, inicialmente, será necessário vê-lo regularmente para ter a certeza que a medicação se adequa a si. Se ela realmente ajudar, é aconselhável tomá-la pelo menos durante 6 meses, após o momento em que se começa a sentir melhor. No entanto, se já teve mais do que um episódio de depressão, poderá ter que tomar a medicação por um período mais longo. Quando for altura de parar, deve deixá-los lentamente com a recomendação e auxílio do seu médico.

É comum as pessoas ficarem preocupadas, referindo que os anti-depressivos podem ser “viciantes”. Certamente, terá sintomas de abstinência se parar de tomar os medicamentos repentinamente. Estes sintomas podem incluir ansiedade, diarreia e sonhos vívidos ou mesmo pesadelos. Estes podem ser evitados com uma redução lenta da dose antes de parar.
Ao contrário das drogas como o Vallium (ou nicotina ou álcool), não tem que aumentar a dose para ter os mesmos efeitos, por isso mais quando deixar de tomar os anti-depressivos não irá dar por si a “precisar” de o tomar.


O que é mais adequado para mim - anti-depressivos ou psicoterapia?

As depressões ligeiras podem ser tratadas sem ser necessário recorrer aos anti-depressivos. No entanto, se a depressão já se prolonga há muito no tempo ou sente que já não consegue lidar com ela, poderá ser necessário complementar as sessões de psicoterapia com a toma de um anti-depressivo.
Quando o humor melhora com a toma dos anti-depressivos, pode ser útil ter algum tipo de psicoterapia. A psicoterapia pode ajudá-lo a trabalhar aspectos da sua vida que podem fazer com que fique deprimido novamente.
Assim, pode não ser o caso de escolher um tratamento ou outro, mas qual é o mais útil para si em determinada altura. A psicoterapia e os anti-depressivos são igualmente eficazes a ajudar as pessoas a melhorarem de uma depressão.
Algumas pessoas não gostam da ideia da medicação, algumas não gostam da ideia de fazer sessões de psicoterapia, assim, há obviamente um certo grau de escolha pessoal. Esta escolha pode, contudo, ser limitada pelo facto de não se encontrarem disponíveis no Serviço Nacional de Saúde sessões de psicoterapia.

Além da psicoterapia e da medicação há outros métodos e técnicas que podem ser usados para ajudar a reduzir os sintomas de depressão:


Métodos Tradicionais e Alternativos

- Estabelecer padrões regulares de exercícios físicos. O exercício físico afecta factores fisiológicos associados à depressão. Ao praticar exercício físico vai aumentar a libertação de certas substâncias no cérebro que podem fazer com que se sinta melhor. Pesquisas demonstraram que exercitar-se regularmente de forma consistente constitui um método eficaz para pessoas com depressão leve a moderada.

- Aumentar a exposição à luz é uma terapia frequentemente usada para transtorno afectivo sazonal ou o que alguns denominam de depressão do inverno.

- Suplementos nutricionais. Estudos têm demonstrado que suplementos diários de nutrientes vitais podem reduzir os sintomas de depressão. Por exemplo, suplementos que contêm aminoácidos são convertidos em neurotransmissores que aliviam a depressão e outros transtornos mentais.

- Exercícios de relaxamento e meditação. O relaxamento profundo e meditação podem também ser considerados como auxiliares do tratamento para alguns dos sintomas de depressão, tais como dificuldades de sono.

- A acupunctura tem sido usada para depressão em muitas culturas. A investigação ainda não provou que isoladamente é um tratamento eficaz.

Estes métodos tradicionais e alternativos para o tratamento da depressão encontram-se a ser estudados. Há resultados que indicam que podem ser úteis não de forma isolada mas em combinação com tratamentos mais convencionais.
Confiar unicamente nestes métodos ao tratar depressão não é recomendado.


Medicamentos Fitoterapêuticos

Ao longo de várias gerações, pessoas têm usado os medicamentos fitoterapêuticos para auxiliar o tratamento dos transtornos do humor. Nas últimas décadas, tem-se vindo a estudar alguns destes medicamentos, particularmente um denominado Hypericum perforatum, ou Erva de São João, uma vegetação espessa com flores amarelas.
A Erva de São João tem sido usada para tratar depressão desde os anos 1500s, particularmente em lugares de onde é originária, ou seja, Europa, Ásia Ocidental e Norte da África.
A planta funciona de forma similar a alguns medicamentos anti-depressivos, aumentando a serotonina cerebral, que está envolvida no controlo do humor.
Se estiver a considerar tomar ou se já o estiver a tomar a Erva de São João para depressão, por favor, tenha em atenção de que as pesquisas encontraram que a Erva de São João pode fazer com que outras medicações não funcionem ou que não sejam tão eficazes.
É sempre importante aconselhar-se com seu médico sobre qualquer medicamento que esteja a tomar, incluindo os suplementos fitoterapêuticos ou vitaminas, para o tratamento da depressão ou de outras perturbações.


Terapias de Estimulação Cerebral

As terapias de estimulação cerebral são procedimentos médicos que envolvem a activação ou estimulação do cérebro com electricidade, magnetismo ou implantes para tratar algumas perturbações mentais, incluindo a depressão.

 

  • Terapia Eletroconvulsiva
    A Terapia eletroconvulsiva (ECT) é uma das terapias de neuroestimulação para depressão mais estudadas, com pesquisas ao longo de sete décadas, tendo sido provado ser um tratamento eficaz para depressão.
    A terapia eletroconvulsiva implica produzir uma convulsão no cérebro do paciente, através da aplicação de um estímulo eléctrico no cérebro, recorrendo a uns eléctrodos que se colocam na cabeça. Aplicações repetidas estão associadas a uma maior eficácia terapêutica para o alívio continuado dos sintomas. A perda de memória e outros problemas cognitivos são comuns, ainda que tipicamente de curta duração.
    Houve avanços na técnica da ECT mas o tratamento varia bastante de país para país. Esta prática encontra-se associada a algumas controvérsias, pelo que é necessário o consentimento informado dos pacientes. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ECT deve ser administrada com o uso de anestesia e de relaxantes musculares.
    Esta técnica pode ser considerada tendo como base a história médica do paciente, a gravidade da depressão, bem como qualquer tratamento prévio e sua eficácia. Por vezes, a ECT é utilizada quando um paciente não pode tomar medicação por razões de saúde ou quando o alívio rápido dos sintomas de depressão é necessário, por exemplo, em pacientes suicidas.

 

  • Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva
    Estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) envolve o uso de um magneto (íman) para estimular o cérebro. Uma sessão típica de EMTr dura cerca de 60 minutos e não requer anestesia. Uma bobina eletromagnética é colocada na testa, perto de uma área do cérebro que se acredita estar envolvida na regulação do humor. Efeitos colaterais incluem um desconforto na área onde o íman é colocado, aperto ou formigueiro no maxilar/ face durante o procedimento, dor de cabeça e, em poucos casos, convulsões.
    A estimulação magnética transcraniana repetitiva tem apresentado resultados no alívio dos sintomas de depressão em diversos ensaios clínicos. Esta terapia é utilizada em pacientes que não responderam a outros tratamentos. Uma vez que é um tratamento relativamente confortável, o seu uso está em expansão em todo o mundo, particularmente como uma alternativa à ECT. 

 

  • Estimulação Cerebral Profunda
    Estimulação cerebral profunda (ECP) é um método terapêutico que tem sido chamado de “marca-passo cerebral”. Este método recorre ao implante de eléctrodos no cérebro, que são controlados por um gerador que é implantado no peito. Os eléctrodos enviam impulsos eléctricos para partes específicas do cérebro, sendo que a frequência e o nível são personalizados para cada pessoa. Este método foi originalmente desenvolvido para tratar de tremores tais como aqueles observados em pacientes com a Doença de Parkinson. O procedimento apresenta diversos riscos e está actualmente disponível apenas para pesquisas experimentais na depressão.
  •  Estimulação do Nervo Vago (ENV)
    A estimulação do nervo vago (ENV) funciona através de um mecanismo (figura 1) implantado sob a pele, na parte superior esquerda do peito, que envia impulsos eléctricos pelo nervo vago esquerdo, através do pescoço e para dentro do tronco cerebral. Pesquisas têm demonstrado que o nervo vago é responsável por conduzir mensagens do cérebro para órgãos como o coração, pulmões, intestinos, bem como para outras áreas do cérebro que controlam o humor, o sono, entre outras funções. Na medida em que a ENV requer uma cirurgia, devem ser considerados os riscos associados a qualquer procedimento cirúrgico. Há ainda a possibilidade de ocorrerem efeitos secundários tais como, rouquidão, tosse, dor de garganta, problemas de respiração, dificuldade para engolir, além de desconforto ou dor na área do implante.

Figura 1. O estimulador do nervo vago consiste num gerador e fio bipolar

O que acontecerá se eu não tiver nenhum tratamento?

Estima-se que 4 em cada 5 pessoas com depressão vão ficar bem no prazo de 4 a 6 meses, sem que para isso recorram a algum tipo de ajuda.

 

Então porque deve preocupar-se em tratar a depressão?

 

Embora 4 em 5 pessoas fiquem melhores com o tempo, isto indica que 1 em cada 5 que continuará deprimida 2 anos mais tarde. Por enquanto, não conseguimos predizer com rigor quem vai melhorar e quem não vai. Mesmo que melhore, a experiência pode ser tão desagradável que pode sentir necessidade de encurtar o tempo em que está deprimido.
Assim, se conseguir superar a depressão sem nenhum tipo de ajuda, poderá ter uma sensação de realização e confiança para lidar com estes sentimentos se voltarem a surgir no futuro. Contudo, se a depressão é grave ou durar muito tempo, pode impedi-lo de trabalhar e apreciar a vida.

É importante ter em atenção que:
- Se já teve um episódio depressivo, aumenta a probabilidade (em cerca de 50:50) de vir a ter outro.
- Sabe-se, também, que um pequeno número de pessoas com depressão acaba por se suicidar.


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