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Como lidar com comportamentos problemáticos?

Um dos grandes desafios na prestação de cuidados, a uma pessoa com demência, é a aprender a lidar com as mudanças de personalidade e de comportamento que vão ocorrendo. Este desafio pode ser mais facilmente ultrapassado quando se usa a criatividade, flexibilidade, paciência e compaixão. Quando estas mudanças começarem a ocorrer, será mais fácil lidar com elas se mantiver o sentido de humor.

Algumas orientações:

Não podemos mudar a pessoa. A pessoa de quem está a cuidar tem uma perturbação cerebral que a está a moldar. No caso de tentar controlar a situação ou tentar mudar o comportamento da pessoa, poderá não ser bem sucedido e ainda encontrar alguma resistência. É importante que:

Tente acomodar o comportamento e não controlá-lo. Por exemplo, se a pessoa insistir em dormir no chão, coloque um colchão para que fique mais confortável.
Lembre-se que nós podemos mudar o nosso comportamento ou o espaço físico. Mudar o nosso comportamento, muitas vezes resulta na mudança de comportamento da pessoa de quem se cuida.

Consulte o médico. Os problemas comportamentais podem ter uma razão médica, pode ser que a pessoa tenha dores ou a ter uma reacção adversa à medicação. Em alguns casos, como o da incontinência ou das alucinações, já se encontram disponíveis alguns tratamentos ou medicações que poderão ajudar a lidar com o problema.

O comportamento tem uma razão de ser. As pessoas com demência, normalmente, não conseguem verbalizar o que querem ou o do que precisam. Assim, podem fazer coisas como tirar toda a roupa do armário diariamente, sem explicação aparente. Neste caso, a pessoa poderá estar a satisfazer uma necessidade de se sentir ocupada e produtiva. Tente sempre perceber que necessidade poderá estar por trás de cada comportamento e se possível tente satisfazê-la.

O comportamento é desencadeado. É importante perceber que todos os comportamento são desencadeados por alguma razão, os comportamento não surgem do nada. Estes podem ter sido desencadeados por uma mudança no ambiente da pessoa ou por alguma coisa que alguém fez ou disse. A forma mais eficaz de alterar um comportamento é mudando os nossos próprios padrões de comportamento, tente uma abordagem diferente.

O que funciona hoje poderá não funcionar amanhã. A variedade de factores que influenciam os comportamentos problemáticos e a progressão normal da doença levam a que as estratégias que são eficazes hoje possam não o ser amanhã. A estratégia mais eficaz para lidar com esta situação é usar a criatividade e a flexibilidade para encontrar novas formas para lidar com o problema.

Ter ajuda de outras pessoas. Não está sozinho, há outras pessoas que também se encontram a cuidar de alguém com demência. Permita-se ter dias bons e dias maus, tal como a acontece com a pessoa de quem cuida. Desenvolva estratégias para lidar com os dias maus (ver Demência, Cuidar e Controlar a Frustração).

De seguida, falaremos dos comportamentos mais comuns associados à demência, com algumas sugestões que poderão ajudar a lidar com os mesmos.

Deambular

As pessoas com demência tendem a andar, aparentemente sem um objectivo, devido a várias razões, tal como aborrecimento, efeitos secundários da medicação ou para procurar alguma coisa ou alguém. Nestas situações as pessoas podem ainda estar a tentar satisfazer uma necessidade física (ex. sede, fome, usar a casa de banho ou fazer exercício). Descobrir o que provoca o deambular nem sempre é fácil.

Reserve algum tempo para fazer exercício físico regular, para reduzir a inquietação.
Pense em colocar fechaduras que necessitem de chave. Posicione-as num local mais elevado ou mais baixo na porta, muitas pessoas com demência não pensarão em procurar a fechadura além do nível dos olhos. Ainda assim, as fechaduras deverão estar num local acessível às restantes pessoas para facilitar a saída em situações em que a segurança esteja em risco (ex. fogo).
Tente colocar barreiras, como cortinas ou fitas coloridas para mascarar a porta. Um sinal de “STOP” ou de “NÃO ENTRE”, poderá também ajudar.
Coloque um tapete preto ou pinte um espaço preto no chão, para a pessoa com demência, isto dará a sensação de que existe um buraco intransponível.
Coloque nos puxadores as mesmas protecções que se usam para as crianças.
Pondere a possibilidade de instalar um sistema de segurança ou de monitorização desenhado para pessoas com demência. Existem também dispositivos digitais com GPS que podem ser usados como relógios ou no cinto.
Guarde objectos essenciais como a carteira, óculos ou casaco. Algumas pessoas não saem de casa sem determinados objectos.
Peça à pessoa que use uma pulseira com identificação ou costure etiquetas de identificação na roupa. Tenha sempre disponível uma foto actualizada, para o caso de ter que reportar o seu desaparecimento.
Conte aos vizinhos sobre o problema de deambulação e distribua o seu número de telefone.

Incontinência

A perda de controlo da bexiga e intestinal ocorre frequentemente à medida que a demência progride. Por vezes, os “descuidos” resultam de problemas no ambiente da pessoa, por exemplo, a pessoa pode não se lembrar onde é a casa de banho ou não consegue chegar lá a tempo. Se um deste “descuidos” ocorre, a sua compreensão e segurança ajudarão a pessoa a manter a dignidade e a minimizar o embaraço.

Estabeleça uma rotina para usar a casa de banho. Tente lembrar a pessoa ou assisti-la a ir à casa de banho a cada 2 horas.
Programe a ingestão de fluidos para assegurar que a pessoa não desidrate. No entanto, evite bebidas diuréticas como o café, chá, cola ou cerveja. Limite a ingestão de fluidos à noite antes de ir dormir.
Use sinais (com ilustrações) para indicar que porta é a da casa de banho.
Uma cadeira WC pode ser deixada no quarto, durante a noite, para um acesso mais fácil.
Absorventes e produtos específicos para a incontinência podem ser adquiridos na farmácia ou no supermercado. Um urologista poderá receitar um produto ou tratamento especial.

Use roupa fácil de tirar, com elástico na cinta ou fechos de velcro e que sejam fáceis de lavar.

Agitação
A agitação encontra-se associada a diversos comportamentos associados à demência, incluindo irritabilidade, insónia, agressão verbal e física. Frequentemente estes comportamentos problemáticos evoluem com os estádios da demência, desde o ligeiro até ao grave. A agitação pode ser desencadeada por várias coisas, incluindo factores ambientais, medo ou fadiga. Frequentemente, a agitação é desencadeada porque a pessoa sente que lhe está a ser tirado o controlo da situação.

Reduza a ingestão de cafeína, açúcar e comida de “plástico”.
Reduza o barulho, a confusão ou o número de pessoas na divisão.
Mantenha a estrutura, criando rotinas. Mantenha os objectos e o mobiliário no mesmo local. Objectos familiares e fotografias promovem uma sensação de segurança e podem sugerir memórias agradáveis.
Para apaziguar a agitação, tente tocar na pessoa de forma gentil, colocar música suave ou caminhar e fale numa voz reconfortante. Não tente agarrar a pessoa num episódio de agitação.
Mantenha objectos perigosos afastados do alcance da pessoa.
Permita à pessoa fazer por si o máximo que conseguir. Apoie a sua independência e capacidade para tomar conta de si próprio.
Reconheça a revolta da pessoa com demência, sobre o facto de estar a perder o controlo sobre a sua vida. Diga-lhe que compreende a frustração dela.
Distraia a pessoa com um snack ou com uma actividade. Permita-lhe esquecer-se do incidente. Confrontar a pessoa que está confusa poderá aumentar a sua ansiedade.

Acções e discurso repetitivo (perseveração)

As pessoas com demência tendem a repetir uma palavra, frase, pergunta ou actividade, vezes sem conta. Embora este comportamento seja inofensivo para a pessoa, pode ser muito irritante e stressante para os cuidadores. Por vezes, este comportamento é desencadeado pela ansiedade, aborrecimento, medo ou factores ambientais.

Reconforte e transmita segurança à pessoa, tanto através das palavras como do toque.
Tente distrair a pessoa com um snack ou actividade.
Evite lembrá-la de que já fez várias vezes a mesma pergunta. Tente ignorar o comportamento ou a questão e distraia a pessoa para a actividade.
Não discuta planos com a pessoa, faça-o apenas imediatamente antes de o evento ocorrer.
Poderá colocar um sinal e lembretes (ex. Jantar às 6:30h ou Luís chega às 5:00), isto limitará a ansiedade e a incerteza sobre eventos que vão ocorrer.
Aprenda a reconhecer determinados comportamentos. Um estado agitado ou tirar a roupa, podem indicar uma necessidade de usar a casa de banho.

Paranóia

Ver alguém de quem gostamos a tornar-se desconfiado, ciumento ou acusatório pode ser perturbador. No entanto, deve lembrar-se que aquilo que a pessoa está a sentir é real para ela. O melhor é não entrar em discussão ou discordar, uma vez que isto, também, é decorrente da demência.

Se a pessoa com demência suspeita de que lhe falta dinheiro, permita-lhe ter algum dinheiro no bolso ou na carteira para que seja fácil para a pessoa certificar-se que o dinheiro continua lá.
Se o problema for a falta de determinado objecto, ajude-a a procurar o objecto e depois distrai-a com outra actividade. Tente perceber quais são os locais favoritos, da pessoa, para esconder os objectos, que normalmente parecem desaparecidos para a pessoa. Evite discutir.
Explique cuidadosamente a outros familiares ou cuidadores que a suspeita ou acusações fazem parte da demência.
Tente reconfortar a pessoa com um toque leve ou um abraço. Responda ao sentimento por trás da acusação e conforte-a. Pode tentar dizer: Percebo que isto o assuste, fique comigo, não vou deixar que nada de mal lhe aconteça”.

Insónia/ Agitação ao fim do dia
Inquietação, agitação, desorientação e outros comportamentos problemáticos, nas pessoas com demência, tendem a piorar ao final do dia e muitas vezes continuam ao longo da noite. Alguns especialistas acreditam que este fenómeno é causado por uma combinação de factores, como exaustão devido aos acontecimentos do dia e mudanças no relógio biológico que confundem o dia e a noite.

Aumente as actividades, especialmente o exercício físico. Evite a inactividade e sestas durante o dia.
Tenha atenção à alimentação, uma vez que há alimentos que podem pior a situação (ex. açúcar, cafeína e alguns tipos de comida de “plástico”). Elimine ou limite este tipo de alimentos ao início do dia. Planeie refeições menores ao longo do dia, incluindo uma refeição leve, como meia sanduíche, antes de deitar.
Promova tardes e noites calmas, no entanto, realizar actividades estruturadas é importante (ex. passeio ao ar livre, fazer um jogo de cartas simples, ou ouvir música calma).
Ligar as luzes antes do pôr do sol e fechar as cortinas ao fim do dia vai minimizar as sombras e pode ajudar a diminuir a confusão. Deixe uma luz de presença acesa no quarto da pessoa, no corredor e na casa de banho.
Certifique-se de que a casa é segura, bloqueie o acesso às escadas com cancelas, tranque a porta da cozinha ou afaste objectos perigosos.
Em casos extremos poderá consultar o médico no sentido de ser receitado algo para ajudar a pessoa a relaxar e a dormir. Tenha em atenção de que os comprimidos para dormir ou tranquilizantes podem resolver um problema e criar outro (ex. a pessoa dorme durante a noite mas está mais confusa no dia seguinte).
É importante que os cuidadores durmam bem. Se a pessoa com demência é activa durante a noite e não a deixa dormir, pense em pedir a um amigo/ familiar ou contrate alguém para realizar turnos para que consiga dormir bem. Sestas durante o dia podem ajudar.

Alimentação/ Nutrição

Assegurar que a pessoa com demência está a comer alimentos suficientemente nutritivos e a beber líquidos é um desafio. A pessoa começa a literalmente a esquecer-se de que precisa de comer e beber. Esta situação pode ser complicada por problemas dentários ou medicações que diminuem o apetite ou fazem a comida ter um sabor estranho. As consequências para uma má nutrição são diversas, incluindo a perda de peso, irritabilidade, insónia, problemas intestinais e urinários, e desorientação.

Faça as horas das refeições e dos lanches parte da rotina diária e programe-as para ocorrerem por volta da mesma hora todos os dias. Tente fazer 5 ou 6 refeições menores, em vez de 3 grandes refeições.
Faça com que as horas das refeições sejam um momento especial, tente colocar flores ou música suave. Desligue a televisão ou programas de rádio que sejam barulhentos.
Comer de forma independente deve ser prioritário sobre comer de forma asseada ou correcta. Alimentos que possam ser comidos com a mão favorecem a independência. Corte e tempere previamente a comida. Tente que a pessoa use uma palhinha ou um copo infantil com tampa, no caso de segurar o copo se tornar uma tarefa difícil. Ofereça ajuda apenas quando necessário e disponha de muito tempo para as refeições.
Sente-se e faça as refeições com a pessoa. Normalmente, ela irá imitar as suas acções e partilhar uma refeição torna-a mais agradável.
Prepare as refeições tendo em consideração a pessoa com demência. Se a pessoa tiver uma prótese dentária ou dificuldade em mastigar ou engolir, use alimentos moles ou corte os alimentos em pedaços pequenos.
Se mastigar ou engolir for um problema, tente gentilmente mover o queixo da pessoa, num movimento de mastigação, ou bater levemente na garganta para encorajar a engolir.
Se a perda de peso se estiver a tornar um problema, ofereça à pessoa snacks nutritivos e altamente calóricos entre as refeições (ex. alimentos típicos do pequeno-almoço com elevado nível de hidratos de carbono). Por outro lado, se o problema é o aumento excessivo de peso, mantenha os alimentos muito calóricos fora da vista da pessoa, tente antes colocar por perto fruta fresca, vegetais ou outros snacks saudáveis e baixos em calorias.

Banho

As pessoas com demência têm normalmente dificuldade em se lembrarem da higiene, como escovar os dentes, tomar banho, arranjar-se ou mudar regularmente a roupa.
Desde a infância que somos ensinados que estas são actividades privadas e pessoais, ficar despido e ser limpo por outras pessoas pode ser assustador, humilhante e embaraçoso. Por isso, muitas vezes o banho envolve muito stress, tanto para a pessoa com demência como para aqueles que tomam conta dela.

Pense como foi no passado a rotina de higiene da pessoa, preferia banho de imersão ou duche? De manhã ou à noite? A pessoa arranjava o cabelo em casa ou no cabeleireiro? Qual eram os seus produtos de higiene, colónia ou perfume? Adoptar, tanto quanto possível, a rotina de higiene da pessoa no passado pode trazer algum conforto. Lembre-se que pode não ser necessário tomar banho todos os dias, por vezes 2 vezes por semana é o suficiente.
Se a pessoa com demência sempre foi reservada, valide essa postura certificando-se que as portas ou cortina de banho se encontram fechadas. Tanto no banho como no duche mantenha uma toalha à frente da pessoa, levantando apenas para a lavar sempre que necessário. Mantenha as toalhas e roupão ou as roupas prontas para quando a pessoa sair.
Lembre-se de questões práticas como a temperatura da divisão ou da água (as pessoas mais velhas são mais sensíveis ao calor e ao frio) e de iluminação adequada. É uma boa ideia usar medidas de segurança como tapetes anti-derrapantes, barras para se agarrar e cadeira ou assentos de banho. Um chuveiro que possa ser manipulado pode ser uma mais-valia. Ajude a pessoa a sentir-se segura no chuveiro ou na banheira, muitas vezes sentem medo de cair.
Nunca deixe uma pessoa com demência sem vigilância no banho. Tenha todas as coisas de que vão precisar ao longo do banho preparadas e perto de si. Se for dar um banho de imersão encha a banheira primeiro, assegure-se que a água está morna e mostre à pessoa deitando-lhe um pouco de água na mão, antes de ela entrar.
Se lavar o cabelo é um momento complicado, faça-o separadamente ou use champô seco.
Se tomar banho na banheira ou no chuveiro é uma situação constantemente traumática, um banho de toalha pode ser uma alternativa mais agradável. O banho na cama normalmente só é feito com pessoas muito frágeis ou acamadas. Grande parte das enfermeiras, dentro e fora de algumas instituições, começam a reconhecer a utilidade da “toalha de banho”, este método utiliza uma grande toalha de banho, bem como outras menores humedecidas, num saco com água morna e sabonete que não é necessário enxaguar, com as quais se lava a pessoa.

Outras áreas problemáticas

A maioria das pessoas com demência tem dificuldades em vestir-se. Escolha roupas largas, confortáveis, com fechos fáceis e com o mínimo, possível, de botões. Reduza as escolhas da pessoa tirando, as roupas que usa raramente, do armário. Para facilitar o processo e promover a autonomia, disponha uma peça de cada vez, na sequência em que devem ser vestidas. Retire a roupa suja do quarto. Não discuta se a pessoa quiser usar novamente a mesma roupa.
À medida que a demência progride podem ocorrer alucinações ou delírios. Se a pessoa apresentar algum destes problemas não argumente ou tente convencê-la de que a sua percepção é errada, poderá, no entanto, dizer-lhe calmamente e de forma simples qual é a sua percepção da situação. Mantenha as divisões da casa bem arrumada para evitar sombras e ofereça explicações simples e reconfortantes em situações que confundam as pessoas (ex. se as cortinas se moverem ou se tocar uma sirene). Distrair a pessoa com outras actividades pode ajudar. Dependendo da gravidade dos sintomas poderá consultar o seu médico para avaliar a possibilidade de ser necessário tomar alguma medicação.
Ao longo da doença a pessoa pode começar a exibir um comportamento sexual inapropriado, tal como a masturbação ou despir-se em público, necessidades sexuais desadequadas e até comportamento sexual agressivo e violento. Tenha em atenção que este comportamento é provocado pela doença. Procure o médico para tentar perceber que tratamentos poderão existir. Desenvolva um plano de acção para implementar antes que o comportamento ocorra, por exemplo, o que dirá ou fará no caso de o comportamento ocorrer em casa, junto de adultos ou de crianças. Se conseguir, identifique o que pode desencadear este comportamento.
Explosões verbais como praguejar, discutir ou usar ameaças são normalmente uma forma de expressão de raiva e stress. Reaja de forma calma e confortante. Valide os sentimentos da pessoa e tente distraí-la ou dirigir a sua atenção para outro assunto.
“Comportamento de sombra” ocorre quando a pessoa com demência imita e segue o seu cuidador, ou fala, faz perguntas e interrompe os outros constantemente. Tal como a agitação ao final do dia, este comportamento tende a ocorrer à medida que a noite se aproxima e pode ser muito irritante para os cuidadores. Conforte a pessoa verbal e fisicamente, dirigir a sua atenção para outra actividade pode ajudar. Definir uma tarefa para a pessoa com demência desempenhar, como dobrar roupa, pode fazê-la sentir-se útil e necessária.
A pessoa com demência pode não cooperar ou ser resistente a determinadas actividades diárias, tal como tomar banho, vestir-se ou comer. Normalmente, isto pode ser uma resposta à sensação de falta de controlo, medo e confusão acerca do que lhe está a ser pedido. Divida cada tarefa em pequenos passos e, num tom de voz reconfortante, explique à pessoa cada passo antes de o fazer. Disponha de bastante tempo para essas actividades. Tente encontrar uma alternativa que facilite a participação da pessoa no processo ou dê-lhe actividades que consiga desempenha de forma autónoma.